terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desvirtuante egoismo

Outro dia li no Facebook
Que é difícil encontrar um grande amor
Mas que é mais difícil ainda esquecê-lo.
É a pura verdade
Meu último há tempos se foi
Mas as feridas ficaram
Com o tempo elas se confundem pela alma
Como sem raízes nem explicação
Já hoje nas voltas do mundo
O revi
A encontrei em frangalhos
Fui amigo, dei colo...
Percebi os fantasmas que o passado me deixou
As raízes que matutavam minha existência
E que me quietavam para o amor
Me joguei como que acendendo a ardência
De um sentimento apagado quase em cinzas
Voltei a saber a docura que é uma companheira
Mas fui tolo porque esta alegria não cabia
Não era possível a sinceridade
Pra dar certo tinha que fazer tipo, fingir que não era comigo
Sentimento era palavra proibida
Envolvimento era só para depois
O sexo era sem compromisso
E a proposta não era de exclusividade
A preocupação quanto ao trato comigo era ausente
Eu tinha que aguentar verdades nuas esfregadas em minha cara
E só podia ser calado!
O que era grande amor virou aventura
Não pelo individualismo alheio
Mas porque fui eu quem não soube amar.

domingo, 29 de julho de 2012

Qual é o meu valor?




Meu valor é o da igualdade
Luto melhor com união
Acredito em quem constrói
Me junto aos que cooperam
Sigo os que tem tino de evolução
Não tolero a desigualdade
Tenho asco a exploração
Acredito é na nação
Revolução!
Acelerar a transformação
Ser um mundo em direção
De um planeta com fartura
Feliz por ter acabado com explorador e com explorado
E com a consciência tranquila
De que o homem e a natureza se entenderam
Meu valor é este sonho
Minha necessidade é construir a maioria
Essa é a minha sincera contruição
Ao que acredito, já!
Por isto sou pentelho
De má fé, certeza não.


Ps. A foto tá aí para mostrar que a inspiração aparece em momentos bizarros. Esta foto é o box de um banheiro, em frente a uma privada, numa casa com muitas alegrias que ficará nostalgicamente na memória.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Nossas diferenças

Ela é atriz
Eu revolucionário
Ela é comprometida
Eu só descompromisso
Ela é de perder a cabeça
Eu torcedor para que ela perca
É francesinha, é Amelie
Eu da roça, um Barnabé
É abastada
Eu sou da lida
A delicadeza em forma de mulher
Já eu só grosseria
Ela é Trotsky
Eu Lênin
É rápida, esperta, fala bem
Sou só um xucro, calado e sem assunto
Ela é só sorriso despretensão
Eu um galanteador virtual tímido demais da conta no mundo real
É a musa inspiração
Eu um discreto solidário protetor
Ela é minha conexão com os sentidos mais agudos
Já eu, sei o lá o que desperto?! Se desperto? O que é que há?
É um universo a desvendar
Ah e eu, que pena! Apenas um amigo querendo se dar

Desejação do interior

O teu sonho é um Cézanne
O meu é ter um soldo
Valorizas a cultura
Eu educo meu menino
Diz-me que eu sempre fui o mais organizado, mas que isto não basta
Digo que meu compromisso é com a nação
O teu tino pra negócios
Teus projetos sempre a mil
O meu erro, me imputas, é não ter liberdade

Eu questiono!

Me deixe criar o meu Brasil
Vou construir a revolução
A tua é uma teoria crítica

Suas parcerias o libertam
Elas te trazem o ganha pão
Minha modesta refeição é a academia
Teu setor auxiliar ajuda o Estado como pode
Não perde uma licitação
Te digo que é gênese do sistema!
O negócio é a mais embaixo, é alterar a produção
Meu objeto é a favela
O teu são as relações públicas
Teu know-how são oportunidades...
Que cultivas em cafés, nos almoços, no fino gosto da digestão
Tenho percebido que estás a defender o planeta, os animais
Ô abstrato

O meu medo em minha moto me diferes
De seu orgulho pela segurança que tú tens em suas viagens de avião
Nosso sonho interiorano sempre foi ganhar o mundo em SP
Cada qual não abre mão

Teu chapéu agora é cult
Minha rima ainda é curta.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Me respeite!

Não fale comigo virtualmente
Quero o calor de suas palavras
Ao vivo
Com todos os sabores
Deixe para os tolos a distância
Tenha a hombridade de apertar minha mão
Prefiro um abraço cheiroso
Necessito tatear sua fisionomia se alterando
Respondendo aos meus estímulos
Isto nem com o melhor eletrônico do universo
Para ouvir suas reações corpóreas a cada instante
Tenho que cafungar o cheiro de sua sinceridade
Com todos os sentidos possíveis
E imagináveis

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O medroso

Eh, medroso! O mundo te assusta.
O assombramento das sensações
Faz-te cair em uma enrascada.
As pessoas estão todas em valas comuns
Como sendo impessoais a ti.
Tú é incapaz de amar porque isto te dá pavor, paura.
Mal sabe que na sociedade do individualismo
Você também é vítima.
É produto.
Desvaloriza quem te cerca
Para cercar-te de segurança.

Você não aceita críticas.
Pois o simples ato de ter de refletir sobre elas
O faz perder o chão de antemão.
Sua presunção é cômoda.
Mas isto te traz consequências nefastas.
Afinal como só aprende com os erros
Vive quebrando a cara.

Todos os dias você expõe para todos os teus medos negando-os
Na tentativa desesperada de se convencer que não os têm
Sempre zombando deles como se não fossem seus
Acha que tá convencendo quem?
Tem medo de ser medroso e se diz o mais valente.
Mas, medroso, o tempo passa! E a vida é curta.
Tudo passa e quando menos percebe perdeu teu tempo
Não viveu intensamente.
Passou pela vida vivendo errado.
Como disse Raul Seixas:
Melhor viver 10 anos a 1000 do que 1000 anos a 10.






terça-feira, 1 de junho de 2010

Voltas do mundo

“Falácia da mecânica superação instantânea”



Sábio aquele que qualificou o que é a dialética

Tanto o filosofo com o insite da percepção

Ou o poeta na forma como mostrou a beleza deste show

Do tempo...

Que não para.



Mas e os tolos da Bossa Nova?

Todos são mal intencionados!

Fazem de seu desejo íntimo

Uma realidade posta em cifras e letras e ritmos e tons

A iludir seus alvos com uma falsa eternidade de algo que é impossível.



A dor de perder um grande amor, por exemplo, é a pior dor possível

E todos querem curá-la o mais rápido

Eu que sempre me apaixono e já tive muito desta dor

Consegui ver o lado bom em uma perca

Justamente com a maturidade da resposta

Não a resposta a outros olhos alheios,

Mas daquela sensação de uma recuperação do alto estima

Tão necessária a viver.



Agora entra em cena o equilíbrio

Sem esconder a carência, a frustração, a agonia da adaptação

Mas colocando de imediato a vida ao seu curso

Sem a inércia de um falso mundo perdido.



Apaixone-se! Sempre. E que seja eterno enquanto dure

Pois viver um grande amor é muito bom

Compensa a dor da perda

Desde que se tenha o equilíbrio.