terça-feira, 1 de junho de 2010

Voltas do mundo

“Falácia da mecânica superação instantânea”



Sábio aquele que qualificou o que é a dialética

Tanto o filosofo com o insite da percepção

Ou o poeta na forma como mostrou a beleza deste show

Do tempo...

Que não para.



Mas e os tolos da Bossa Nova?

Todos são mal intencionados!

Fazem de seu desejo íntimo

Uma realidade posta em cifras e letras e ritmos e tons

A iludir seus alvos com uma falsa eternidade de algo que é impossível.



A dor de perder um grande amor, por exemplo, é a pior dor possível

E todos querem curá-la o mais rápido

Eu que sempre me apaixono e já tive muito desta dor

Consegui ver o lado bom em uma perca

Justamente com a maturidade da resposta

Não a resposta a outros olhos alheios,

Mas daquela sensação de uma recuperação do alto estima

Tão necessária a viver.



Agora entra em cena o equilíbrio

Sem esconder a carência, a frustração, a agonia da adaptação

Mas colocando de imediato a vida ao seu curso

Sem a inércia de um falso mundo perdido.



Apaixone-se! Sempre. E que seja eterno enquanto dure

Pois viver um grande amor é muito bom

Compensa a dor da perda

Desde que se tenha o equilíbrio.