“Falácia da mecânica superação instantânea”
Sábio aquele que qualificou o que é a dialética
Tanto o filosofo com o insite da percepção
Ou o poeta na forma como mostrou a beleza deste show
Do tempo...
Que não para.
Mas e os tolos da Bossa Nova?
Todos são mal intencionados!
Fazem de seu desejo íntimo
Uma realidade posta em cifras e letras e ritmos e tons
A iludir seus alvos com uma falsa eternidade de algo que é impossível.
A dor de perder um grande amor, por exemplo, é a pior dor possível
E todos querem curá-la o mais rápido
Eu que sempre me apaixono e já tive muito desta dor
Consegui ver o lado bom em uma perca
Justamente com a maturidade da resposta
Não a resposta a outros olhos alheios,
Mas daquela sensação de uma recuperação do alto estima
Tão necessária a viver.
Agora entra em cena o equilíbrio
Sem esconder a carência, a frustração, a agonia da adaptação
Mas colocando de imediato a vida ao seu curso
Sem a inércia de um falso mundo perdido.
Apaixone-se! Sempre. E que seja eterno enquanto dure
Pois viver um grande amor é muito bom
Compensa a dor da perda
Desde que se tenha o equilíbrio.